Banco Central lança moeda comemorativa de Ouro Preto
O Banco Central (BC) lançou na sexta-feira, dia 01, moeda comemorativa de Ouro Preto como patrimônio histórico da humanidade, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Em prata, destinada a colecionadores, a moeda tem valor de face de R$ 5, mas custará R$ 140. As vendas serão feitas, a partir do dia 4 de julho, nos escritórios do BC pelo país, inclusive na sede em Brasília, ou pela internet, pelo site do Banco do Brasil (www.bb.com.br), com pagamento via débito em conta corrente ou boleto bancário.
A moeda traz no anverso uma composição da arquitetura de Ouro Preto, com seu casario e igrejas, a igreja de São Francisco de Assis ao centro, e Nossa Senhora das Mercês e Perdões à esquerda. No reverso, um conjunto de três anjos e volutas tipicamente barrocos, retirado do medalhão da fachada da igreja de São Francisco de Assis, segundo informou a Casa da Moeda.
Com tiragem inicial de 2 mil peças, que poderá chegar a 10 mil moedas, a moeda de Ouro Preto faz parte da série 'Cidades Patrimônio da Humanidade no Brasil'.
Na mesma série, ainda serão homenageados outros locais brasileiros distinguidos pela Unesco: os centros históricos de São Luís, de Diamantina, de Salvador, de Olinda e da Cidade de Goiás. Fonte: G1
Pinacoteca expõe 47 obras de Arcângelo Ianelli
A Pinacoteca do Estado de São Paulo (centro de São Paulo) exibe 47 obras do pintor, escultor, ilustrador e desenhista Arcângelo Ianelli, a partir deste sábado (2).
O paulistano Ianelli (1922 - 2009) começou sua carreira como desenhista autodidata e se aperfeiçoou com o estudo de perspectiva na Associação Paulista de Belas Artes, nos anos 1940. Frequentou o ateliê de Waldemar da Costa e, nos anos 1950, foi co-fundador do Grupo Guanabara, juntamente com os artistas plásticos Manabu Mabe, Jorge Mori e Tikashi Fukushima, entre outros.
Ianelli passeou por vários estilos, indo da arte figurativa (no início de carreira) à abstração geométrica (já nos anos 1970). "Ianelli pode ser considerado um dos grandes coloristas da arte brasileira", afirma Ivo Mesquita, curador-chefe da Pinacoteca.
Das obras em exposição, 34 foram doadas pelo espólio do artista e 13 fazem parte do acervo do museu. A mostra vai até 14 de agosto e, dela, fazem parte pinturas, desenhos e gravuras.
Na década de 1950, Ianelli fez parte do grupo Guanabara, que reunia vários artistas japoneses, entre eles Manabu Mabe (1924-1997), Yoshiya Takaoka (1909-1978) e Tikashi Fukushima (1920-2001).
A abstração apareceu pela primeira vez em sua carreira na década seguinte. Mais tarde, nos anos 70, iniciou a produção de esculturas.
Foi quando apareceram seus quadrados e os retângulos monocromáticos cujas simplificações se tornariam sua marca registrada.
"Nesse período, por causa de uma intoxicação com tinta a óleo, passei a usar a têmpera a ovo, que me ensinou técnicas de transparência e uniformidade, que uso desde então."
Recebeu inúmeros prêmios, participou de diversas exposições na Europa, nos EUA e no Brasil, entre elas, oito bienais de SP.
Suas obras estão em museus no Japão, México, Itália, Canadá e na América Latina, além de constar do acervo das principais instituições brasileiras.
Com 50 anos, parque da Tijuca oferece circuito de atrações
O parque da Tijuca comemora 50 anos de fundação na próxima quarta-feira (6), celebração que chama ainda mais atenção para o parque nacional mais visitado do país. Lá, o turista é recebido por uma espécie de circuito com diversas atrações.
A área que ocupa o parque da Tijuca completa 150 anos de replantio neste ano. Sim, replantado. De acordo com Loreto Figueira, bióloga e chefe do parque, quase toda a floresta da região havia sido devastada com os ciclos da madeira, da cana-de-açúcar e do café, entre os séculos 16 e 19.
Isso teve consequências ambientais sobre o Rio --capital do país na época do Império--, como a falta de água, já que os rios passaram a secar. "A floresta retém a água da chuva e mantém o manancial hídrico", explica a bióloga.
Foi então que o imperador dom Pedro 2º resolveu desapropriar fazendas de café e transformá-las em florestas, segundo um decreto que data do início de dezembro de 1861. Assim, a mata foi ressurgindo, e grande parte do que eram essas fazendas hoje compõe o parque.
A vegetação hoje mantém funções essenciais para o potencial hídrico local. Regula a temperatura da cidade, esfriando-a, e diminui a chance de desmoronamentos e enchentes, protegendo e permeabilizando o solo.
Além da importância ecológica, as belezas do parque capitaneiam a candidatura do Rio a patrimônio mundial, na categoria de paisagem cultural, que deve ser discutida pela Unesco no próximo ano.
Uma medalha comemorativa e um selo serão lançados na próxima semana, para marcar os 50 anos do parque e os 150 anos do reflorestamento, respectivamente.
Na comemoração, uma trilha para pessoas com deficiência deve ser inaugurada, junto ao Barracão (sede da administração), no setor Floresta da Tijuca, perto do lago das Fadas. O chamado caminho dom Pedro Augusto permitirá acesso aos cadeirantes e aos cegos, com placas em braile identificando árvores e descrição de riachos.
No parque mais de 20 edificações históricas e monumentos, 120 sítios arqueológicos catalogados, 7.000 peças arqueológicas e também patrimônio "imaterial".
Entre as edificações antigas hoje utilizadas de outras formas no parque, estão casas de administradores de fazendas ou do processo de reflorestamento, além de senzalas. Exemplos são o Barracão --hoje sede da adminisração do parque-- e o Restaurante Floresta.
Um sítio arqueológico importante do parque é o de Mocke, que pertenceu a um médico holandês e fazia parte da maior fazenda do império brasileiro, segundo Ana Cristina. "Na época do ciclo do café, tinha mais de 100 mil pés de café".
Há também as ruínas do sítio do Humaitá, de Vila Rica e da fazenda São Luís. Esta última tinha 16 edificações e é um dos locais a que ainda não se permite visitação para que pesquisadores possam explorá-lo adequadamente.
Quanto ao patrimônio imaterial, destacam-se o misticismo e a espiritualidade associados a alguns locais. "São várias lendas, desde o século 19. E a floresta é considerada local sagrado para celebrações de 19 religiões", registrou Ana Cristina.
Segundo ela, místicos acreditam que haveria "portais para outras dimensões" junto à pedra da Gávea e na de Andaraí Maior. Em ambos os locais, há rostos esculpidos: no primeiro, há possibilidade histórica de ligação com fenícios; o segundo caso parece mais fruto de erosão, no entanto, acredita a museóloga.
Fonte: Folha
Shows, exposições e história no Palácio Tiradentes
O edifício sede da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) está integrado ao corredor cultural do Centro da cidade. O Palácio Tiradentes sempre teve suas portas abertas para uma exposição permanente que conta a trajetória do local. Mas, agora o local virou sede de exposições, shows e diferentes eventos, que podem ser contemplados diariamente.
O primeiro edifício era um parlamento imperial, construído no ano de 1640, que tinha no seu piso inferior uma cadeia chamada de “Cadeia Velha”, onde esteve preso, por três anos, o inconfidente mineiro Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes), enquanto aguardava a execução na forca, que aconteceu no dia 21 de abril de 1792.
O prédio do parlamento imperial foi demolido em 1922, e deu lugar ao que é hoje o Palácio Tiradentes, edifício muito bonito projetado por Archimedes Memoria e Francisco Cuchet inaugurado em maio de 1926, como sede do Congresso Nacional. Hoje oferece aos visitantes a exposição multimídia permanente “Palácio Tiradentes: lugar de memória do Poder Legislativo”, pois o local também já abrigou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), da Câmara dos Deputados e agora acolhe a Assembleia Legislativa do Estado.
Os visitantes podem conhecer o Salão Nobre, a Biblioteca e o Plenário da Casa, que foram restaurados recentemente. As visitas são monitoradas por um grupo de alunos de licenciatura em História na Universidade do Estado do Rio (UERJ), que, em sua maioria, fala inglês, francês e espanhol, a fim de receber os turistas estrangeiros.
Para o segundo semestre de 2011 já estão programados show do Afroreggae e apresentação circense nas escadarias do Palácio, como parte das medidas para tornar o local um centro cultural. No dia 21 de julho estreia a mostra de esculturas de Eliseu Posse, “Megalópolis”.
Vale ressaltar que as plenárias continuarão acontecendo terças, quartas e quintas-feiras normalmente. O projeto cultural vai acontecer paralelamente ao trabalho dos Deputados, em salas e espaços que, hoje, são mal aproveitados ou estão desocupados.