América Latina puxa aumento no número de turistas no Brasil
Fonte: Folha
Os países da América Latina sustentam o aumento do número de desembarque de turistas estrangeiros no Brasil.
Segundo levantamento de Embratur com a Polícia Federal, a entrada de peruanos aumentou 32,34% em relação ao ano passado e a de chilenos, 18,24%. A de argentinos, líderes no número de visitantes, subiu 24,45%.
Em crise, a Europa registrou taxas bem mais modestas. O número de italianos subiu apenas 0,12% e o de portugueses, 3,82%. A surpresa é a entrada de espanhóis: alta de 15,24%.
"A consolidação da democracia na América Latina, com crescimento econômico e distribuição de renda, explica esse resultado", diz Flávio Dino, presidente da Embratur. No primeiro semestre, o turismo na região aumentou 15%, três vezes mais do que a média mundial no período.
Gravura rupestre mais antiga das Américas é descoberta no Brasil
Fonte: Jornal do Brasil
Cientistas brasileiros descobriram no sítio arqueológico chamado Lapa do Santo, a 60 km de Belo Horizonte (MG), a gravura rupestre mais antiga do continente americano. A representação de um homem "desenhado" na pedra, com 30 cm de altura e 20 cm de largura, foi a primeira gravura arqueológica encontrada no local. O trabalho foi divulgado na revista PLos One.
O líder do grupo de pesquisadores que encontraram a imagem, o arqueólogo do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) Walter Neves, conta que foi uma surpresa para a equipe encontrar a gravura, que estava abaixo de 4 m de sedimentos arqueológicos. Ela foi descoberta nos últimos momentos de escavação de determinada área do sítio arqueológico em julho de 2009.
"Depois disso, para descobrir a datação, foi um longo caminho. Obviamente, por conhecer o sítio que estávamos escavando, sabíamos que havíamos encontrado algo antigo, mas não sabíamos o quão antigo", relata o também arqueólogo Danilo Bernardo, coautor do trabalho. Ele conta que graças ao trabalho meticuloso ao longo das escavações, conseguiram selecionar amostras de carvão ao longo do processo para estabelecer os limites cronológicos do achado.
Segundo os autores, a imagem deve ter entre 9,5 mil e 10,5 mil anos. "Encontramos carvão embaixo e acima da gravura e, assim, conseguimos estimar a idade da representação por meio da datação por carbono-14", explica Neves. A datação por meio dos valores de carnono-14 dão pistas muito precisas sobre a idade dos objetos, pois este elemento diminui a um ritmo constante com o passar do tempo.
A imagem
O desenho na pedra mostra um antropomorfo (uma imagem de um homem) com a cabeça em forma de C, três dígitos nas mãos e o falo ereto. Danilo Bernardo lembra que entender o significado da manifestação artística de uma cultura antepassada é algo extremamente difícil. "Tradicionalmente, figuras como essa são compreendidas como tendo alguma relação com rituais, de fertilidade, por exemplo, mas, insisto em dizer, que acho essa interpretação muito complexa".
O achado dos pesquisadores brasileiros tem relevância especialmente sob dois aspectos: a dificuldade de se datar precisamente manifestações rupestres, em especial os petróglifos (imagens gravadas nas rochas), e o fortalecimento da ideia de que o Novo Mundo teria sido ocupado pelo homem em idades anteriores àquelas propostas pelos defensores do modelo Clóvis, no qual teria apenas uma via de entrada para os pioneiros - o estreito de Bering - e que esta chegada teria ocorrido há cerca de 12 mil anos.
Fiocruz digitaliza fotografias sobre a pesquisa científica no Brasil
Fonte: Agência Brasil
Treze mil fotografias que integram o acervo histórico da Casa de Oswaldo Cruz (COC) foram digitalizadas e até junho de 2013 estarão disponíveis para consulta na internet. A coleção é parte do imenso acervo iconográfico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), hoje em torno de 80 mil imagens. Os negativos agora digitalizados pertencem não só à Fiocruz, da qual a COC é uma das unidades, mas também a acervos privados de pesquisadores e sanitaristas vinculados à instituição.
São imagens que documentam as atividades do então Instituto Oswaldo Cruz, desde o início do século 20, o trabalho dos médicos e cientistas, tanto nos laboratórios quanto em expedições de pesquisa pelo país, e a própria construção dos prédios que formam o conjunto arquitetônico de Manguinhos.
“É um acervo muito singular do ponto de vista da história da ciência biomédica no país”, diz o vice-diretor de Pesquisa, Educação e Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz, Paulo Elian. Segundo ele, mais 8 mil imagens deverão começar a ser digitalizadas ainda este ano, com recursos de um fundo ligado ao Ministério da Justiça. Esse conjunto é constituído por negativos em vidro, técnica muito empregada pela fotografia na segunda metade do século 19.
Para Elian, as fotos que estão para ser digitalizadas, trabalho que deverá estar concluído em abril de 2013, são muito significativas. “Elas mostram como era a região de Manguinhos, no início do século 20, com uma conformação completamente diferente, ainda sem a Avenida Brasil e com a Baía de Guanabara chegando até próximo ao castelo da fundação, inclusive com um atracadouro para barcos”, conta.
Quando estiverem disponíveis, as fotografias poderão ser consultadas, em baixa resolução, no portal da COC (www.coc.fiocruz.br). Os interessados em uma reprodução de alta resolução, para fins de publicação, poderão entrar em contato com Departamento de Arquivo e Documentação da unidade da Fiocruz.
Centro de pesquisa, ensino, divulgação e documentação científica, a COC foi criada em meados da década de 1980, durante a gestão do sanitarista Sergio Arouca à frente da Fiocruz. O foco inicial da unidade era a memória e a história da fundação, mas sua atuação foi sendo ampliada, ao longo dos anos, para a história da saúde e da ciência biomédica no país. A partir de 2001, a COC passou a oferecer um programa de pós-graduação, com mestrado e doutorado, em história da ciência.
A Casa de Oswaldo Cruz também é responsável pelo Museu da Vida e pela administração do patrimônio arquitetônico da Fiocruz, um conjunto de prédios do qual o Castelo Mourisco, construído na segunda década do século 20, é o mais representativo, mas que também é integrado por prédios das décadas de 1940 e 1950. Aberto à visitação pública, todo esse patrimônio é tombado: o castelo, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e os demais edifícios, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
Prefeitura declara vendedores de mate e biscoito "Patrimônio Cultural"
Fonte: Jornal do Brasil
O prefeito Eduardo Paes se encontrou, na manhã de domingo, dia 4, com grupo de vendedores de mate, limonada e biscoito de polvilho, na Praia do Leme, onde anunciou decreto que os declara Patrimônio Cultural Carioca.
A partir da publicação do texto hoje, dia 5, no Diário Oficial do Município, os ambulantes que já se tornaram personagens das praias cariocas serão considerados bem imaterial da cidade.