Brasil é o sétimo maior consumidor de energia do mundo, diz Banco Mundial

28/05/13

O Brasil ficou com a sétima colocação no ranking dos maiores consumidores de  energia do mundo. O país ficou atrás de China, Estados Unidos, Rússia, Índia,  Japão e Alemanha e conta com cerca de 99% da população já com acesso ao serviço,  segundo relatório divulgado nesta terça-feira pelo Banco Mundial.

- Os países que compõem as 20 maiores rendas, incluindo os emergentes, contam  por 80% do consumo global de energia - aponta o relatório.

Os americanos e chineses juntos consomem mais que todas as outras oito  posições da lista, sendo responsaveis por cerca de 40% de todo o consumo  mundial.

 

Cerca de 1,2 bilhão de pessoas em todo o mundo- quase a população completa da  Índia - não têm acesso à eletricidade. Outras 2,8 bilhões de pessoas têm que  confiar em madeira ou outros tipos de biomassa para cozinhar e aquecer suas  casas. Quanso o quesito é déficit energético, a lista é encabeçada justamente  pela Índia. Lá, 306 milhões de pessoas não têm acesso à eletricidade.

Entre as nações com deficiência energética, o levantamento conta com diversos  países africanos e asiáticos - incluindo Nigéria (ironicamente, grande produtor  de petróleo), Bangladesh, Etiópia, Congo, Moçambique, Afeganistão, Filipinas,  Indonésia, entre outros.

Apesar da posição, a instituição afirma que a Índia faz parte do grupo de 20  nações que têm feito grandes progressos na tentativa de universalizar a energia  elétrica entre suas populações. Nos últimos dois anos, estes países foram  responsáveis por facilitar o acesso a 1,3 bilhão de pessoas.

No caso indiano, desde 1990, cerca de 24 milhões de pessoas por ano tiveram  acesso ao serviço. Em seguida, a China fica com a segunda colocação  (possibilitando acesso a 12,9 milhões de pessoas por ano). O Brasil conta com o  sexto lugar (conferindo acesso à energia elétrica a 2,8 milhões de pessoas por  ano).

De acordo com o IEA, alcançar o acesso universal à eletricidade em 2030 vai  exigir um investimento médio anual de US$ 45 bilhões (em comparação com os US$ 9  bilhões estimados em 2009).

Mais de 60% do investimento requerido teria que ser feito na África  Sub-Saariana e 36% nos países em desenvolvimento na Ásia. O acesso universal a  técnicas modernas para cozinhar até 2030 exigirão investimentos médios anuais de  US$ 4,4 bilhões, um montante relativamente pequeno em termos globais, mas um  grande aumento em comparação com os insignificantes investimentos anuais atuais  de cerca de US$ 100 milhões.

- Um alto nível de compromisso para alcançar estes objetivos por parte das  lideranças de cada país e a integração de forma realista às formas de acesso a  energia como uma estratégia global de desenvolvimento do país e processos  orçamentários adequados são importantes para alcançar estas metas - analisa o  relatório.

Fonte: O Globo