Produtores do Rio Grande do Sul começam planejar plantio de trigo

Com a safra de verão praticamente encerrada, as atenções dos produtores do Rio Grande do Sul voltam-se para o trigo, principal cultura do Estado no inverno. Segundo boletim da Emater/RS, no momento, é intensa a atividade de planejamento da lavoura como aquisição de fertilizantes, sementes e outros insumos.

Também é intensa a atividade de elaboração de projetos de custeio junto a cooperativas e terceiros para a cultura do trigo. No boletim, a secretaria afirma que é possível notar "uma maior profissionalização dos produtores que não se aventuram mais no cultivo desse cereal sem contar com seguro agrícola, seja ele particular ou o Proagro".

Quanto à área a ser plantada este ano, é prematuro fazer qualquer inferência a respeito, diz o boletim. "As primeiras informações colhidas mostram uma relativa tendência à estabilidade em relação ao ano passado, podendo ficar ao redor de 1 milhão de hectares". Uma ideia mais precisa sobre o tamanho da área só será possível no final deste mês, quando será finalizado o Levantamento de Intenção de Plantio para a safra de inverno 2013.

No que diz respeito ao cultivo de feijão da 2ª safra, a Emater afirma que 30% da área de cultivo já foi colhida, com qualidade boa. "Grande parte é classificada como feijão tipo 1, e a produtividade média está em torno de 1.388 quilos por hectare".

Segundo a Emater, o comércio de feijão está avançado no Estado. O valor médio da saca de 60 quilos do feijão preto subiu 0,48% nesta semana, a R$ 132,27, com alguns negócios sendo realizados por até R$ 180 a saca. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta do preço é de 41%.

Fonte: Valor Econômico

Produtores brasileiros limitam vendas de soja; preços sobem

Os produtores brasileiros de soja continuam retraídos para novos negócios de curto prazo, atraídos a negócios mais longos por possibilidades de haver novas perdas na safra norte-americana, avaliou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta sexta-feira. Segundo a entidade, além da aposta dos agentes do Brasil em cotações mais elevadas no segundo semestre do ano que dependerá de principalmente da safra americana, os preços ainda se apoiam nos problemas nos portos no país.

No mercado físico brasileiro, na última semana, o indicador ESALQ/BM&FBovespa, referência para o produto transferido para armazéns no porto de Paranaguá, subiu 2,6 por cento, com média de 61,26 reais por saca de 60 kg na quinta-feira, o maior valor desde 1o de abril.

Fonte: Reuters

Forte aumento das exportações de suco de laranja no 1º quadrimestre

Com o forte aumento observado no mês passado, as exportações brasileiras de suco de laranja encerraram o quarto trimestre deste ano com um incremento da ordem de 20% em relação a igual intervalo de 2012, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

De acordo com a entidade, os embarques somaram 98.082 toneladas em abril, 173% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e somaram 428.229 toneladas nos primeiros quatro meses do ano, volume 20% superior ao observado entre janeiro e abril de 2012. Os cálculos levam em conta as vendas de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) e de suco integral pronto para beber (NFC), não concentrado. Para facilitar as comparações, o volume de NFC é convertido ao equivalente em FCOJ.

Segundo a CitrusBR, que reúne as empresas Cutrale, Citrosuco/Citrovita e Louis Dreyfus Commodities, os saltos, sobretudo o de abril, não significam que os tempos de demanda internacional retraída ficaram para trás.

"Esse tipo de aumento em um único mês pode ser resultado da coincidência de carregamentos de suco em um período curto e não significa necessariamente que houve um aumento nas exportações de maneira geral. Será preciso acompanhar o resultado nos próximos dois meses para ver quanto desse acréscimo será preservado", informou a entidade.

Principal mercado para as exportações brasileiras de suco de laranja, a União Europeia apresentou uma demanda mais aquecida no primeiro quadrimestre deste ano. Os embarques para o Velho Continente atingiram 267.384 toneladas no período, 10,5% mais que entre janeiro e abril de 2012. Para os EUA, o aumento foi de 258,4%, para 94.969 toneladas, mas porque no ano passado aquele país barrou o produto brasileiro em virtude da presença de traços do fungicida carbendazim.

Para o Japão, em contrapartida, as vendas caíram 37% na comparação entre os quadrimestres, para 21.278 toneladas.

Fonte: Valor Econômico

 

Portos receberão mais de R$ 50 bilhões em investimentos, estima Abdib

O novo marco regulatório para os portos brasileiros, aprovado pelo Congresso Nacional, resultará, a médio prazo, em investimentos privados superiores a R$ 50 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). De acordo com a entidade, esses investimentos darão impulso também aos polos produtivos que estão em desenvolvimento no interior do país.

Em nota divulgada hoje (17), a Abdib avalia que, com a nova legislação, o país terá condições para impulsionar os recursos necessários para aumentar a concorrência, reduzir custos, melhorar a eficiência logística e retirar as barreiras que dificultam o investimento privado em novos terminais ao longo da costa brasileira. Além disso, criará condições para atender à demanda de diferentes polos produtivos que se desenvolvem pelo interior do Brasil.

De acordo com a Abdib, o fim da distinção entre mercadoria própria e de terceiros permitirá que os empreendedores privados voltem a construir terminais portuários para escoar qualquer tipo de carga, contribuindo para dinamizar o fluxo de transporte e o comércio exterior, bem como reduzir custos por meio do aumento da concorrência e da produtividade. O texto da Medida Provisória dos Portos, aprovado pelos parlamentares, abre espaço para a criação de portos privados que poderão operar cargas de terceiros – atualmente os terminais privados só podem movimentar cargas próprias.

Para o marco regulatorio entrar em vigor, precisa agora ser sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.

Fonte: Agência Brasil

Negociações na OMC devem ser pensadas a partir do possível, diz Azevêdo

Para o embaixador Roberto Azevêdo, eleito diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), as negociações multilaterais devem ser feitas de forma pragmática a partir de agora.

"Precisamos pensar a Rodada Doha a partir de uma orientação do que é possível e não desejável", afirmou nesta sexta-feira (17) em coletiva de imprensa em Brasília.

Segundo ele, seu antecessor, o francês Pascal Lamy, fez o que era "possível", mas a abordagem adotada por ele para que as negociações avançassem se mostrou "inútil".

"Estávamos no limiar da Rodada Doha, quando surgiu o impasse por conta da crise, que eclodiu logo em seguida. O cenário ficou muito mais difícil e não conseguimos mudar a maneira de abordar os temas. Continuamos durante todo o período de Lamy tentando ajustar o que estava sobre a mesa. E isso se provou inútil. Minha ideia é evitar essa situação", disse.

Está é a primeira visita de Azevêdo ao Brasil depois da confirmação de sua eleição, que aconteceu na semana passada. Ele fará visitas a autoridades brasileiras e cumprirá obrigações administrativas no Itamaraty.

Azevêdo deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff na semana que vem.

O embaixador voltou a falar do exíguo tempo entre sua posse, em setembro, e a Conferência Ministerial de Bali, em dezembro, quando os países-membros da OMC se reunirão na tentativa de avançar em alguns das propostas debatidas na Rodada Doha.

Segundo ele, o fracasso do encontro fará com que a situação de descrédito do organismo multilateral se acentue.

"A situação fica pior e haverá um custo para o sistema, sobretudo porque todo o arcabouço que se montou para Bali era justamente se negociar dentro de uma premissa de que não colocaríamos sobre a mesa nenhum assunto que fosse impossível", disse.

Ele afirmou que o momento é difícil e que as negociações prévias ao encontro não estão avançando da forma esperada. Mas garantiu que ainda não desistiu da conferência.

"Ainda estamos num momento muito delicado, com certo pessimismo em Genebra. Vai ser muito complexo esse exercício. Trazer as pessoas para a mesa não é difícil. Difícil é trazê-las com espírito construtivo de abandonar as convicções que já estão enrijecidas e olhar com a mente aberta. É preciso estar preparado para visões mais inovadoras", disse.

Azevêdo afirmou que, como diretor-geral, irá trabalhar para reduzir o protecionismo no mundo. Observou, porém, que é possível que o mundo esteja caminhando para o declínio das políticas de proteção comercial dos países, intensificadas com a crise financeira mundial em 2008.

"Cerca de 20% das medidas de proteção adotadas pelos países durante a crise, já foram retiradas. Mas ainda há 80% das medidas, então não é suficiente. O diretor-geral tem de agir para que essa retirada se acelere", afirmou.

ELEIÇÃO

O brasileiro assumirá oficialmente o cargo em setembro, em substituição ao francês Pascal Lamy, que esteve no comando da OMC por oito anos. Ele será o primeiro latino-americano a ocupar o posto de diretor-geral da organização.

Azevêdo é representante do Brasil na instituição desde 2008. Ele disputou o cargo com outros nove candidatos. Foram três rodadas sucessivas, onde candidatos foram sendo dispensados. A escolha do diretor-geral da OMC é feita por "consenso". Ou seja, todos os membros devem apoiar ou ao menos não se opor a eleição do candidato para que ele seja de fato escolhido.

O brasileiro terá como principal desafio retomar as negociações da Rodada de Doha para liberalizar o comércio mundial e ajudar o desenvolvimento das nações mais pobres.

Fonte: Folha de São Paulo

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